
A UNITA pondera abandonar a Assembleia Nacional(AN) em protesto contra a alegada hostilização que tem estado a sofrer, durante as sessões de trabalho, por parte da bancada parlamentar do MPLA, que detém a maioria dos deputados, apurou O PAÍS de fonte familiarizada com o assunto.
A fonte, um influente membro do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA (CPCP) confidenciou que nos últimos tempos esta força política tem sido vilipendiada pelos seus colegas do MPLA, e que as suas propostas, sugestões ou iniciativas parlamentares tem sido inviabilizadas, e as poucas que foram discutidas foram aceites “ in extremis”.
Segundo ainda a mesma fonte, para além destas alegações, esta segunda maior força política do país mostrase também agastada pelo facto de ser acusada e insultada constantemente como tendo sido ela a promotora do conflito armado pós-independência que o país viveu durante 27 anos.
Segundo a fonte, “ os nossos compatriotas do MPLA nos ofendem, nos insultam, nos humilham, tratam-nos de todos os nomes feios, como fôssemos nós os mentores da guerra”, desabafou, dizendo que todos os movimentos de libertação participaram na guerra fratricida pós-independência e todos têm culpa no cartório e “ deviam pedir desculpas ao povo angolano”, disse.
A fonte acrescentou ainda que o outro aspecto que pode influenciar a sua saída do Parlamento, tem a ver com os supostos casos de intolerância política atribuída a militantes do MPLA contra partidários seus, cujos actos registamse um pouco em todo o país.
A UNITA aponta o dedo acusador a alguns administradores municipais e governadores de províncias, como sendo os incitadores de actos de vandalismo, exemplificando com os do Namibe, Rui Falcão, do Bié, Boavida Neto, e do Huambo, Kundy Paihama, respectivamente.
Fonte: O País
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